domingo, 17 de novembro de 2024

POESIA - 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO

POESIA - 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                              SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO

Celebrando a grande festa/ De Cristo Rei do Universo/ Fechando o Ano Litúrgico/ Do Sínodo de toda a igreja/ Novo ano Litúrgico se inicia/ Ano Santo Jubilar/ Onde estudaremos Mateus/ Neste tempo do Advento/ Tempo de espera e conversão

 

DANIEL 7,13-14

Contemplava as visões da noite/ Quando das nuvens vi aparecer/ Alguém semelhante ao filho do homem/ Se põe diante de venerável ancião/ Ele pode assim receber/ O poder, a honra e a realeza/ Para todos os povos que o serviam/ Gente de todas as nações/ E o seu reino não terá fim

 

Deus então fez grande anúncio/ De no mundo intervir/ Para eliminar toda a crueldade/ Da violência, da opressão e da morte/ Vencendo a desumanidade dos reinos/ Pois Deus é  Senhor da história/ Que vem nos guiar e orientar/ Nos caminhos do amor e da justiça/ Nos dando sua misericórdia

 

Vem nos revelar que a nossa missão/  É a missão de Deus Pai criador/ Que ampara o orfão e a viúva/ Que dá abrigo ao estrangeiro/  Que vence o poder dos Faraós/ Que vence forças da Babilônia/ Para resgatar o povo sofrido/ Das garras de tantos poderes/ Trazendo vida e libertação

 

APOCALIPSE 1,5-8

Jesus Cristo é testemunha fiel/ O Primogênito dentre os mortos/ O Príncipe dos reis da terra/ Que deu sua vida por nós/ Que de nós fez um reino/ De sacerdotes do Senhor/ A Ele demos a glória e o poder/ Agora e todo o sempre/ Pelos séculos dos séculos, amém

 

Eis que Ele virá sobre as nuvens/ Todos os olhos o verão/ Mesmo aqueles que trespassaram/ Hão de velo e reconhecerão/ Gente de todas as tribos/ contemplando se lamentarão/ Porque Ele é o Alfa e o Ómega/ O princípio e o fim de todas as coisas/ Que era, que é e que há de vir

 

A nossa grande missão/ É revelar o Senhor da história/ O Deus do amor, Senhor da paz/ Cheio de poder, majestade e glória/ Que vem implantar o direito/ A justiça, o amor e a paz/ Pois somos sacramento de Deus/ De acolhida, partilhada em comunhão/ Pela caminhos da Galileia

 

JOÃO 18,33B-37

Disse Pilatos a Jesus/ Tu és o Rei dos judeus?/ Jesus então respondeu-lhe/ Dizes isto por você ou outros que te disseram/ Pilatos então logo disse/ Porventura eu sou judeu?/ Foi teu povo e sumos sacerdotes/ Que te entregaram a mim/ Que fizeste? Qual o teu pecado?

 

Jesus então revelou/ O meu Reino, não é deste mundo/ Se fosse deste mundo/ Os meus guardas lutariam/ Impediriam a minha prisão/ Mas meu Reino, não é daqui/ Então Pilatos disse: então és Rei?/ Sou Rei e para isto vim ao mundo/ Para revelar a vontade do Pai

 

Meu Pai me enviou ao mundo/ Para cumprir sua vontade/ Para Implantar o Reino de Deus/ Para dar testemunho da verdade/ E todo aquele que é da verdade/ Escuta a minha voz/ Assume o Evangelho/ Assume a missão do servir/ Não teme abraçar a Cruz

 

Jesus ainda revela/ Que os reinos deste mundo/ Agem pela força das armas/ Impõem autoridade e domínio/ Recusam o Reino de Deus/ Implantam a opressão/ Com dores e sofrimentos/ São servos da ambição/ Escravos de todas as cobiças

 

Nossa missão é bem clara/ Assumir o profetismo/ Denunciar as formas de morte/ Que geram abandonados e indefesos/ Que criam sistemas de morte/  De doenças, misérias e fome/ Que lucram nas dores do povo/ A missão é libertar os prisioneiros/ Dos que servem a enganação

 

Deus nos chama a cada instante/ A sermos servos do amor e do perdão/ Mas para entrar neste caminho/ Da misericórdia e do perdão/ É preciso abraçar o chamado/ Passando pela conversão/ Recusando estar a serviço/ Da exclusão, injustiça e opressão/ Para sermos sacramento da comunhão

 

Passando pela conversão/ Deus continua a chamar/ Para aprendermos a escutar/ Os clamores dos irmãos/ Escutar as realidades/ Que brotam das sargetas e das periferias/ Pois Deus escolhe uma mulher/ Nas vilas do abandono e da opressão/ Nestas  realidades, Deus se faz libertação

 

Aprendendo a escutar/ Deus continua a Chamar/ Vão em busca das ovelhas/ Que se perderam no caminho/ Busquem pelas encruzilhadas/ Busquem nas beiras dos caminhos/ Tragam todos ao Banquete/ Abram a eles a casa do Pai/ O Reino de Deus já chegou

Gaspar Moreira 24.11.2024

 

 

 

 

 

 

 

34.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO

34.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                      LEITURA PARA 24.11.2024                                                                                                              TEMA: SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO

Celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. Estamos fechando e estamos coroando o ano litúrgico de 2024 e no próximo domingo(01/12), estaremos iniciando, o novo ano litúrgico de 2025, Ano A. No decorrer de 2025, teremos durante todo o ano litúrgico, o Evangelho de Mateus. O Evangelho de João, é único a ser utilizado nos anos A, B e C nas festas e solenidades. Na liturgia deste Domingo, nos é revelado que Deus, vem para enxugar todas as lágrimas, porque ele é o Alfa e o Ómega, o Princípio e o fim de todas as coisas.

1ª LEITURA – DANIEL 7,13-14

Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza e todos os povos e nações o serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais e o seu reino não será destruído. Irmãos e irmãs,  Deus anuncia que vai intervir no mundo, para eliminar a crueldade, a violência e a opressão dos reinos humanos. Em Jesus Cristo, o filho do homem que virá sobre as nuvens. Ele vem para devolver a toda a humanidade, a certeza de que Deus é o Senhor da história e vem nos orientar e guiar nos caminhos da paz. A nossa missão, é a missão de Jesus, de ir ao encontro, dos que foram afastados e marginalizados pelos poderes político e religiosos. A nossa missão, é de revelar, que a conversão, é uma condição de vida, para abraçarmos o chamado. A nossa missão, é de nos fazermos presença de Deus que não se acomoda e nem se cala, diante das situações de exploração e de morte. Somos chamados a ser revelação, do Deus que da a vida e vida em abundância.

2ª LEITURA – APOCALIPSE 1,5-8

Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama e que pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai. A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos, amém. Eis que ele vem entre as nuvens, e todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o trespassaram. Por sua causa, hão de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim, amém. Eu sou o Alfa e o Ómega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do Universo. Irmãos e irmãs, no livro das revelações, o Apocalipse, Jesus nos é apresentado como o Senhor do Tempo e da História. Ele é o princípio e o fim de todas as coisas. Ele é aquele que há de vir cheio de poder, de glória e de majestade. A nossa missão, diante da revelação, é de assumir o protagonismo do Reino de Deus, ou seja, somos enviados a anunciar e a revelar que Jesus é o Senhor da história, e que nos confiou a missão de evangelizar, de anunciar e de implantar o direito, a justiça e a paz. Somos sacramento do amor e da misericórdia, da acolhida e da partilha. Somos sacramento da unidade e do resgate dos filhos que estavam dispersos. Somos sacramento, de uma igreja sempre em saída pelos caminhos da Galileia das nações, para trazer das encruzilhadas da vida, os convivas para o banquete eterno.

EVANGELHO – JOÃO 18,33B-37

Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: tu és o Rei dos judeus? Jesus respondeu-lhe: É por ti que o dizes, ou foram outros que te disseram de Mim? Disse-lhe Pilatos: Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? Jesus respondeu: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui. Disse-Lhe Pilatos: Então, tu és Rei? Jesus respondeu-lhe: É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz. Irmãos e irmãs, diante do interrogatório, Jesus revela a Pilatos: é como dizes, sou Rei e para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz. Jesus revela bem mais: os reis deste mundo apoiam-se na força das armas e impõem aos outros homens o seu domínio e a sua autoridade. A realeza de Jesus, recusa a forma de governo dos reinos que Pilatos e que a humanidade conhece ao dizer: vosso poder baseia-se no poderio, no autoritarismo, na prepotência, e gera opressão, injustiça e sofrimento. Jesus revela bem mais: que todos os que assumirem o profetismo, serão transformados  em prisioneiro indefeso, abandonado pelos amigos, ridicularizado pelos líderes judaicos, desprezado pelo povo. O servo de Deus não procura tomar posse de poderes humanos, mas se colocam a serviço de todos, especialmente aqueles que foram abandonados e deixados à margem da vida social, econômica e religiosa. Se colocam a serviço dos que dos pobres, dos humildes, dos famintos e constantemente possuídos pelos demônios da exclusão da vida em todos os sentidos. No Reino de Deus, somos todos chamados a uma profunda conversão, onde o egoísmo e a mentira, o pecado e a opressão, a exclusão e a injustiça, a escravidão e a morte, não encontra acolhida. O que deve impulsionar o profeta e o missionário, deve ser sempre as forças do amor, da acolhida, da misericórdia, da justiça e a busca da vida plena, no serviço e do resgate de todos os irmãos e irmãs, que tem a vida negada. Quem escuta o chamado de Deus, é pretende viver de acordo com os Mandamentos na construção do Reino de Deus, precisa aprender a escutar a realidade da vida daqueles que sofrem violências. Precisa aprender a escutar os clamores dos que foram sendo rejeitados e jogados nas sargetas da vida. Precisa aprender a a escutar as dores de todos aqueles que sofrem todas as formas de violência, de exploração e de imposição das formas de escravidão. Não somos chamados a ser senhores de servos, mas somos chamados a sermos servos do Senhor. Só poderemos ser servos do Senhor, à medida que nos tornamos servos e servas de nossos irmãos e irmãs. O Reino de Deus, não é serviços aos reinos deste mundo.                                                                                                            Gaspar Moreira 24.11.2024

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

POESIA - 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - DE QUE LADO QUERO FICAR? A QUEM DEVO SERVIR?

POESIA - 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

DE QUE LADO QUERO FICAR? A QUEM DEVO SERVIR?

Hoje somos convidados/ A uma escolha definidora/ Dos caminhos oferecidos/ Pelos poderes instituídos/ Me tornar servo de poderes/ Que destroem a vida em tudo/ Para servir seus projetos/ De ganância, egoísmo e orgulho/ Ou servir ao Deus da vida?

DANIEL 12,1-3

Deus enviará Miguel/ o grande chefe dos anjos/ para proteger seu povo/ Das trevas, angústias e da morte/ Livrando dos sofrimentos/ Livrando das condenações/ Trazendo para todo o povo/ Luz que vence as forças do mal/ Trazendo a vida de libertação

 

Ao falar dos fins dos tempos/ O profeta vem nos alertar/ Para mudar nossas condutas/ E o caminho de nossas vidas/ Definir bem as nossas escolhas/ Ter bem claro o nosso projeto de vida/ Se me colocar a serviço/ Do ódio, da morte e destruição/ O meu prêmio, será condenação

 

Se seguir as orientações divinas/ Comandadas pelo Arcanjo Miguel/ Se abraçar os projetos de vida/ Do amor, acolhida e comunhão/ Se me tornar justiça, direito e libertação/ Serei de Deus a testemunha/ Serei misericórdia e perdão/ Serei a Luz que vence a morte/ Serei de Deus a salvação

 

HEBREUS 10,11-14.18

Os sacerdotes da Antiga Aliança/ Seguindo as tradições/ Apresentava todos os dias/ Sacrifícios nos altar do templo/ Sacrifícios para a libertação/ Dos pecados da  vida do povo/ Dos pecados de suas mãos/ Para tornar puros na liturgia/ As graças vindas de vida e comunhão

 

Quem vive agarrado a leis antigas/ Vive escravo da limitação/ Vive escravo do poder de morte/ Vive escravo da condenação/ A escolha é sempre nossa/ Não há lugar para indecisão/ Não existe meio termo/ Ser fiel ou infiel/ Define vidas e santificação

 

Jesus Cristo, o Rei dos Reis/ Vem trazer a remissão/ Dos pecados em nossa vida/ Vem trazer libertação/ Sumo sacerdote eterno/ Deu sua vida em oblação/ Num único sacrifício no altar/ Destruiu a morte  e a condenação/ Dando vida em comunhão

 

MARCOS 13,24-32

Jesus disse aos seus discípulos/ Cuidado com a grande tribulação/ O sol escurecera e a lua perdera seu brilho/ As estrelas cairão do céu/ As forças do céu serão abaladas/ Então verão o filho do homem/ Em grande poder e glória/ Descendo sobre nuvens/ Trazendo o grande juízo

 

Ele mandará seus anjos/ Reunir os seus eleitos/ Dos quatro cantos da terra/ Por isto agora eu vos digo/ Que estejam preparados/ Não passará esta geração/ Sem que tudo isto aconteça/ Passará céu e terra/ Mas não passarão, as minhas palavras

 

Muitos sinais servirão de aviso/ Pais que abusam da família/ Molestando esposa e filhas/ Como objetos de seu prazer/ Muitos chefes de governos/ Implantam o terror da guerra/ Vão destruindo vidas e famílias/ Chefes de grandiosos cartéis/ Enriquecem destruindo vidas

 

O poder virou um jogo/ Que tem as cartas marcadas/ Alianças são traçadas/ Benefícios e cargos são comprados/ As contas são recheadas/ Os votos são controlados/ ganham os que eles querem/ A mídia toda então celebra/ A grande democracia

 

Muitos chefes de igrejas/ fazem parte desta festa/ Vão construindo suas alianças/ Doutrinando suas ovelhas/ Com as capangas recheadas/ Aliança de Deus sendo negada/ A vida sendo encarcerada/ Em nome de construções/ Mais um templo é reformado

 

Mais uma vez Deus nos coloca/ Diante de grandes chamados/ Para responder com a vida/ Nas decisões e escolhas/ A quem eu quero servir/ Não posso em minha missão/ Servir aos deuses da morte/ Nem me servir das ganâncias/ Nem ser lobo vestido de pastor

 

Os caminhos de Jesus Cristo/ Passa pela vida de acolhida/  Passa pela vida de partilha/ De comunhão e de unidade/ Buscando as ovelhas perdidas/ Que tiveram a vida negada/ Em busca das extraviadas/ Vítimas da ganância e do ódio/ Dos que negaram o Evangelho

 

Nossa missão é ser presença/ Dos Dons do Espírito Santo/ Curando e acolhendo/ Resgatando a vida dos irmãos/ Buscando nas encruzilhadas/ Aqueles que faltam o pão/ Buscando os abandonados/ Para a mesa da comunhão/ É a Ceia da Ressurreição.

Gaspar Moreira 17.11.2024

 

 

 

 

 

 

 

 

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33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                             LEITURA PARA 17.11.2024                                                                                                              TEMA: DE QUE LADO QUERO FICAR? A QUEM DEVO SERVIR?


Somos convidados a confiar no Deus da libertação. Ele é o Senhor da história, que tem um projeto de vida definitiva para os homens. Preciso escolher a quem quero servir. Nesta escolha, está minha decisão de vida para a eternidade.

1ª LEITURA DANIEL 12,1-3

Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos, que protege os filhos do teu povo. Será um tempo de angústia, como não terá havido até então, desde que existem nações. Neste tempo, virá a salvação para o teu povo, para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus. Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão, uns para a vida eterna, outros para a vergonha e o horror eterno. Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça, brilharão como estrelas por toda a eternidade. Irmãos e irmãs, Falar do fim dos tempos, é falar da nossa missão na terra, e falar de nossas condutas e é falar de nossas relações de humanidade. O Anjo Miguel, vem para nos proteger das angústias, das dores e sofrimentos. Os que forem fiéis em sua missão, terão suas dores abrandadas e os outros conhecerão as dores da condenação eterna. A vivência do bem e do mal, passa por minhas escolhas e decisões. Aqui não se trata se Deus é bom ou não, mas do tipo de escolha que vamos fazendo, do tipo de vida vamos construindo, do tipo de relações humanas queremos e do tipo de eternidade nos teremos.

2ª LEITURA – HEBREUS 10,11-14.18

Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta cada dia para exercer o seu ministério e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados uma só vez e para sempre. Cristo, ao contrário, com uma única oblação, Ele tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica. Onde há remissão dos pecados, já não há necessidade de oblação pelo pecado. Irmãos e irmãs, quem vive agarrado à lei antiga, vive escravo das limitações e do pecado. Quem a nova lei abraça, vive a construção de uma vida de amor, paz e comunhão com Deus e com os irmãos. A escolha é nossa, passa pela decisão de cada um, em como quer a sua vida de eternidade. Não existe meio termo, ou somos infiéis e servimos os poderes do pecado e da condenação ou somos fiéis, e construímos uma vida de paz, de acolhida, de comunhão e de alegrias eternas. Os poderes da ganância, do ódio e da condenação, também chamam e escolhe os seus. O poder de Deus te chama e te escolhe para a missão, de construção de vida e vida para a eternidade. Mas a grande pergunta é, que lado você escolhe? A quem quereis servir?

EVANGELHO – MARCOS 13,24-32

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: Naqueles dias, depois de uma grande aflição o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade. As estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, verão o Filho do homem vir sobre as nuvens com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Quando estas coisas acontecerem, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai. Irmãos e irmãs, Muitos sinais, servirão de aviso e já estão acontecendo todos os dias. São muitos os pais abusam das famílias, molestando esposa e filhos como objetos de seu uso e prazer. São muitos os chefes de governos servem ao terror da guerra e da destruição de vidas. São muitos os chefes  de cartéis que se enriquecem, destruindo a vida da juventude. São muitos os que usam do poder para enriquecimento ilícitos. São muitos os chefes de igrejas, que preferem as alianças políticas, e vão se beneficiando de seus cargos, para controlar as suas ovelhas e poderem ficar em destaque na mídia e em suas insaciáveis fome de poder. Mais uma vez, Deus nos coloca diante de uma escolha, que definira o futuro e a eternidade de nossa vida. Preciso responder com minha vida, com minhas decisões e com minhas escolhas, a quem eu quero servir; Ou me torno servo dos poderes que destroem e matam, ou me coloco a serviço do poder de vida de Libertação. Os caminhos de Jesus Cristo, passa pela vida de acolhida, passa pela vida de partilha, passa pela vida do estar sempre a caminho na busca dos ovelhas que foram sendo extraviadas pelo caminho, como consequência das práticas de ódio e de ganância dos que se colocaram contra o Evangelho. Precisamos nos tornar presença de Deus que acolhe, que cura, que tira das condições de negação da vida, que gera a comunhão e a participação no banquete que o Pai preparou, para os que escolherem o serviço da vida. Nossa missão, é cumprir o mandato de Jesus. Para cumprir a missão de evangelizar, de propagar o anúncio por todas as nações, de ir onde muitos padres e pastores não querem ir, de resgatar as ovelhas perdidas da casa de Israel, de ajudar a vencer os males e doenças, a fome e a miséria. Jesus ia passando por todas estas situações e ia devolvendo vida e dignidade. Que o Espírito Santo de Deus, nos conduza nesta missão do Bom Pastor.                                             

Gaspar Moreira 17.11.2024

 


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

POESIA - 32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - A VIÚVA E A OFERTA NO TEMPLO

POESIA - 32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

A VIÚVA E A OFERTA NO TEMPLO

 

Neste mundo globalizado/ De guerras e ambições/  Divisões sofre a igreja/ Com tantas teologias de domínio/ Com tantas alianças espúrias/ Se encanta com grandes eventos/ Grandes arrecadações de fundos/ Mas a missão do resgate das ovelhas/ Vai ficando em segundo plano

 

1 REIS 17,10-16

Naqueles dias Elias/ Tomou o caminho da Sarepta/ Seguindo os caminhos da missão/ Encontrou uma pobre viúva/ Buscando nos campos sua lenha/ Por favor, traga–me água/ Traga também do seu pão/ Alimente este caminheiro/ Que em sua porta, clama por alimento

 

Eu não tenho pão cozido/ Falta em casa a comida/ Só tenho um pouco de farinha/ Um restinho de azeite na vasilha/ Estava pegando esta lenha/ Para fazer a comida/ Para mim e para meu filho/ Comer esta rapa da vasilha/ Para depois, esperar a morte que chega

 

Não tenhas medo mulher/ Vai e fazer como te pedi/ Primeiro faz o meu pão/ Depois faz o resto para você e seu filho/ O Senhor de Israel hoje te fala/ Não esgotará sua panela de farinha/ Nem esvaziara sua vasilha de azeite/ Até o dia que o Senhor mandar/ Chuva na face da terra

 

Aquela viúva generosa/ não duvidou da palavra/ Fez como mandava o profeta/ Se colocou a servir/ Ao repartir o seu pão/ Ao dar ao estrangeiro acolhida/ Não ficou mais pobre do que era/ Viu Deus entrar em sua casa/ Multiplicando seus bens e a sua vida

 

HEBREUS 9,24-28

Cristo não entrou em um santuário/ Construído por mãos humanas/ Mas num santuário verdadeiro/ Uma morada divina/ Apresentando ao nosso Deus/ As defesas em nosso favor/ Não se oferecendo a  cada instante/ Não fazendo tantos sacrifícios/ Como os sumos sacerdotes faziam

 

Ele se faz sacrifício/ Da sua vida no altar da cruz/ Derramando uma única vez/ Seu sangue como expiação/ De todos os nossos pecados/ Se faz Dom perfeito de Deus/ Derrotando o poder das trevas/ Num sacrifício verdadeiro

 

Deus espera de cada um/ Abraçar a missão da cruz/ Para sermos instrumentos de Deus/ Para sermos misericórdia e perdão/ Para sermos presença de Cristo/ Nas periferias da vida/ Na missão de acolher e resgatar/ A vida de tantos irmãos/ Que foram afastados do templo

 

MARCOS 12,38-44

Naquele tempo Jesus/ caminhava entre as multidões/ Fazendo revelações sagradas/ Aos que viviam nas trevas/ Acautelai-vos dos escribas/ Fugi do fermento dos fariseus/ A fé não deve se algo exterior/ Revelada em vestes e nos primeiros lugares/ Estes terão sentença severa

 

Jesus entrou na vida do templo/ Sentou-se em frente a arca do tesouro/ Onde a multidão ofertava/ Muitos senhores importantes/ Depositavam grandes quantias/ Davam sempre do que lhes sobravam/ Não lhes causavam sacrifícios/ Revelando o seu poder/ Garantindo os seu lugares

 

Neste momento uma pobre viúva/ Veio fazer a sua oferta/ depositando duas moedas/ Todas as suas economias/ Jesus chama os seus discípulos/ Mostrando as duas ofertas/ Um dando o que sobrava/ Outro dando tudo que tinha/ Aprenda esta lição de vida

 

A igreja tem tomado/ Um caminho perigoso e difícil/ Manifestada em grandes shows/ Eventos cheios de ritos/ Que buscam arrecadar fundos/ Para embelezar seus templos/ Se tornam quase uma pastoral/ Impedem o verdadeiro serviço/ Jesus Cristo fica esquecido

 

Jesus Cristo caminheiro/ No meio das multidões/ Vem trazer as ovelhas de volta/ Vem curar todas as feridas/ Vem ensinar misericórdia/ Amor, comunhão e partilha/ Nos pede o despojamento/ Nos pede a conversão/ Abraçando de Deus a vida

 

Deus nos chama e nos envia/ Na Missão evangelizar/ Não façam do evangelho/ Instrumento de distorção/ Não façam do Evangelho/ Instrumento de condenação/ Sejam pastores e não lobos/ Acolham e libertem seus irmãos/ Não alimentem as trevas do ódio e divisão

 

Nossa missão é sinodal/ Da igreja viva em ação/ Que trabalha a verdade e a luz/ Que nos tira da escuridão/ Guiados pelos Dons de Deus/ Pela acolhida e o perdão/ Dos impedidos de entrar/ Na casa, santuário de Deus/ Banquete dos mártires, evangelização

 

Sejamos misericórdia/ Que abre as portas do amor/ Aos irmãos, abrem as partilhas/ Que vence o pecado e a dor/ Da paixão, morte e ressurreição/ Pescadores do Senhor/ Quebrando as  pedras do túmulos/  Resgatando as ovelhas/ A missão já começou

Gaspar Moreira 10.11.2024

 

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                  LEITURA PARA 10.11.2024                                                                                                                TEMA: A VIÚVA E A OFERTA NO TEMPL

A igreja tem tomado um caminho muito perigoso e difícil, onde as grandes manifestações religiosas, grandes eventos cheios de ritos para impressionar, grandes eventos para arrecadar fundos para embelezamento de templos, se tornam quase que uma pastoral e impede o verdadeiro serviço do Evangelho, onde Cristo pede o nosso despojamento e o nosso engajamento nas causas sociais e na vida daqueles que sempre vão ficando de fora, pois não tem fundos necessários para competir com os grandes doadores.

1ª LEITURA – 1 REIS 17,10-16

Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta. Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber. Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: Por favor, traz-me também um pedaço de pão. Eu não tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vou preparar esse resto para mim e meu filho e depois de comer, esperaremos a morte. Elias disse-lhe: Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho. Depois prepararás o resto para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra. Irmãos e irmãs, o exemplo da mulher de Sarepta, que, na sua pobreza e necessidade, se coloca na condição de servir e acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, com generosidade, não a torna mais pobre, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.

2ª LEITURA – HEBREUS 9,24-28

Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor. E não entrou para se oferecer muitas vezes, como sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, como sangue alheio; nesse caso, Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. Irmãos e irmãs, Cristo, o sumo-sacerdote, com o seu sacrifício, nos revela o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Muito mais que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço do projeto de salvação que Ele tem para os homens e para toda a humanidade.

EVANGELHO – MARCOS 12,38-44

Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas Estes receberão uma sentença mais severa. Jesus sentou-se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deixava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver. Irmãos e irmãs, O Evangelho nos trás o exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva. Por meio dela, Jesus revela qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos, de que sejamos capazes de oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa e num grande despojamento de si, que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios e de ganância, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera. A igreja tem tomado um caminho muito perigoso e difícil, onde as grandes manifestações religiosas, grandes eventos cheios de ritos para que buscam impressionar, grandes eventos para arrecadar fundos para embelezamento de templos, se tornam quase que uma pastoral e impede o verdadeiro serviço do Evangelho. Cristo pede o nosso despojamento e o nosso engajamento nas causas sociais e na vida daqueles que sempre vão ficando de fora, pois não tem fundos necessários para competir com os grandes doadores. Não façam do Evangelho, um instrumento de exploração e de condenação. Sejam evangelizadores e não condenadores. Sejam pastores e não lobos vorazes. O chamado de Deus, é para que estejamos livres e disponíveis para a missão: Ide e fazei discípulos. Ide e levai o Evangelho a todos os povos. Ide de casa em casa, de povoado em povoado, de vilas em vilas e sejam presença acolhedora, sejam presença de partilha e de comunhão. Sejam a misericórdia que abre as portas do amor e do perdão e que abraça as causas dos que já não tem mais causas para lutar. 

                                                                     Gaspar Moreira 10.11.2024

terça-feira, 29 de outubro de 2024

NOSSA SENHORA DOS EXCLUÍDOS

NOSSA SENHORA DOS EXCLUÍDOS

 

Jerusalém esperava a realização da promessa

Muitas jovens pretendiam serem a escolhida

Famílias de renome, queriam ser o centro

Palácios pomposos tinham certeza

Da eleição e predileção de Deus

O rei, o prometido e esperado

Nasceria ali em seus domínios

 

Um anjo foge dos esquemas e visita

Uma jovem da periferia e da exclusão

Sem experiência, sem nome e sem vivências

Nazaré, fora do mapa e fora das rotas

De família desconhecida dos círculos de poder

Pobre e prometida a um carpinteiro

Nada poderia fazer e nem mesmo contribuir

 

Nazaré escolhida por Deus

Na simplicidade da Virgem, Maria

Na sua humilde casa, recebe visita ilustre

Quem bate à sua porta é o Espírito de Deus

Em sua casa vem fazer moradia

Gerando no seu ventre sagrado e virgem

O Libertador, o Salvador prometido

 

Nosso Deus age no silêncio

Atende a oração de Maria

Ser a mãe do meu Senhor

Logo Isabel revelaria

Bendito é o fruto do teu ventre

Que ao receber a sua visita

Meu ventre pulou de alegria

 

A mãe de todas as esperanças

Com José, caminha noite e dia

Não tem abrigo em Belém, o parto na estrebaria

Os anjos apressados, preparam pastores

Para a primeira grande romaria

Visita dos mais pobres entre os pobres

Enche a família de alegria

 

A luz de Deus cruza os céus

Os reis do oriente, vão seguindo a Luz guia

Para encontrar o Deus menino

Caminha noites e noites, dias e dias

Mas em Jerusalém, a Luz perde o seu brilho

Buscam por informação, Herodes entra em agonia

Encontrem e me informem, quero executar meu plano

 

Na apresentação no Templo

O velho Simeão revela

Este menino, será um sinal de contradição

Maria não entendia, mas guardava no coração

A profetisa Ana anuncia, a realização da  promessa

Vossos servos agora podem repousar em paz

Deus realizou a promessa, enviando o Salvador

 

Maria, José e o menino, buscam um novo abrigo

Precisam sair do país, salvar a criança do ódio

Os pobres são perseguidos, por poderes constituídos

Essa mulher não pode ser mãe, do Salvador prometido

Este engano será destruído, basta matar o menino

Que a paz política e a paz dos Sumos Sacerdotes

Terão seus privilégios garantidos e protegidos

 

De Belém e de Nazaré pode vir algo de bom?

A periferia dos pobres, doentes e rejeitados

Podem ensinar alguma coisa a Jerusalém?

Foi Deus que manifestou o poder do seu braço 

Dispersou soberbos e os poderosos de seus tronos 

Despediu ricos de mãos vazias e exaltou humildes

Encheu de bens os famintos em sua misericórdia

 

Nossa Senhora dos excluídos, é nossa mãe

Ela é mãe da igreja e mãe das periferias

Ela é mãe dos injustiçados e dos que sofrem agonias

Ela é mãe das parteiras e dos orfãos

Ela é mãe das minorias e mãe dos segregados

Ela é mãe dos prostituídos e dos desenganados

Ela é mãe de Deus, ela é a nossa mãe.

 

Gaspar Moreira 14 de janeiro de 2024


POESIA - 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO

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