quinta-feira, 27 de março de 2025

POESIA - 04º DOMINGO DA QUARESMA - ANO C - O PAI MISERICORDIOSO, ACOLHE O FILHO QUE VOLTA

POESIA - 04º DOMINGO DA QUARESMA - ANO C

O PAI MISERICORDIOSO, ACOLHE O FILHO QUE VOLTA



Nas dores e sofrimento/ Em terras do Faraó/ Das dificuldades no deserto/ Da fome, da sede e da privação/ Liderados por Josué/ Entram na Terra Prometida/ Vão construir um tempo de paz/ Que brotará da liberdade e fidelidade/ Na misericórdia, na acolhida e na participação



1ª LEITURA – JOSUÉ 5,9A.10-12

Precisamos entender a vivência/ Em nosso caminho de fé/ Que ninguém estará em Deus/ Nem poderá fazer a travessia/ Abraçar verdades da fé revelada/ Abraçando a vida e dores do povo/ Quando Moisés recebeu o chamado/ Com a missão de libertar o povo/ Dos sofrimentos e dores da escravidão



Na grande caminhada em saída/ Das terras da escravidão/ Fazendo a grande travessia/ Das águas do Mar Vermelho/ Numa luta difícil e desigual/ Contra o exército do Faraó/ Deus assume a frente de batalha/ Abrindo caminho pelas águas/ Afogando as tropas inimigas



No deserto o povo esquece/ Dos grandes feitos de Deus/ Abraçam deuses abomináveis/ Adoram deuses da escravidão/ Mas os adoradores da negação/ Perdem a vida no caminho/ Agora segue para Israel, aquele restinho fiel/ Por Josué são comandados/ Para entrar na terra, que corre leite e mel



A lição passada no Egito/ Nunca deve ser esquecida/ Os anos de dores no deserto/ Vem fortalecer a nossa fé/ A entrada na Terra Santa/ Formando as doze tribos de Israel/ Vem trazer a todos um ensinamento/ Que Deus não abandona seu povo/ Ele assume as nossas batalhas



2ª LEITURA – 2 CORÍNTIOS 5,17-21

Quem poderá dizer aos irmãos/ Que sua vida está em Cristo?/ Quem poderá afirmar/ Que Cristo é sua habitação?/ Só poderá assim revelar/ Na grande verdade de fé/ Aquele que se faz irmão/ Aquele que na vida se faz servo/ Revelando o rosto de Deus



Quando encontrar nas estradas da vida/ Nas dores, abandono e miséria/ O seu irmão a mendigar o pão/ Seja socorro na doença que ameaça a vida/ Seja a presença do Cristo que cura/ Seja a presença que liberta e da vida/ Seja abraço e reconciliação/ Seja o poder que destrói a morte/ Abra as portas da vida eterna



EVANGELHO LUCAS 15,1-3.11-32

Os publicanos e os pecadores/ Se aproximaram para ouvir Jesus/ Queriam descobrir um jeito de acusarem/ Queriam uma forma de desacreditar/ Ele acolhe pecadores e come com eles/ Mas Jesus vendo suas intenções/ Conhecendo suas formas de agir/ Vendo o fechamento religioso/ Serviam um deus de condenação



Aos publicanos e pecadores/ Aos fariseus e aos saduceus/ Aos Sumos Sacerdotes e Herodianos/ A todos que assumiam missão na fé/ Jesus vai contar uma parábola/ Dos dois filhos, nos dois caminhos do pai/ Um que busca explorar a vida/ Outro se fechando na sua missão/ Ambos revelando as nossas decisões



O filho mais novo representa/ A busca de uma vida desregrada/ Conhecer as ofertas do mundo/ A vida sem prestar conta de nada/ Destruindo a herança da família/ Em festas, bebedeiras e infidelidades/ Alegrias em falsas amizades/ Quando falta o poder de compra do outro/ A solidão se torna sua estrada



Quando o que possuía se acaba/ Nada ficou construído/ Queria se alimentar com os porcos/ Mas nem isto era permitido/ Volta seu olhar para casa/ Percebe todo amor construído/ Cheio de entendimento e arrependido/ Resolve voltar para o Pai/ Não sou digno de ser seu filho/ Me trata como os teus servos



O pai vendo o filho ao longe/ Magro, triste e acabado/ Corre ao seu encontro e abraça/ Da a veste, o anel e faz a festa/ Manda preparar um banquete/ Toda a casa se faz alegria/ Este filho estava morto e reviveu/ Estava perdido e foi salvo/ Celebremos a vida e a redenção



Quando volta de seu trabalho/ O filho mais velho renega/ Como pode meu pai receber/ Este ingrato, devasso e pecador/ Um filho que destruiu tudo/ Um filho da perdição/ Desta festa não faço parte/ Não celebro o pecado do irmão/ Não aceito a sua remissão



O pai vai ao encontro do filho/ Revelando Deus da vida e do perdão/ Este teu irmão estava morto/ Estava banhado em perdição/ Toda a herança perdida/ Eram bens materiais, era enganação/ Ao voltar para a casa do Pai/ Buscando a graça do perdão/ Encontra a misericórdia e a comunhão



Diante dos filhos o pai revela/ Ser misericórdia e o perdão/ O Pai não olha os desvios/ Dos caminhos de erros e perdição/ O Pai também não olha do outro/ A negação e a dureza de coração/ Se os filhos estavam perdidos/ Dos dirigentes faltou acolhida, faltou perdão/ A igreja é do Pai, acolhida e a comunhão



Não olhe o pecado do próximo/ Seja misericórdia, seja perdão/ No lugar de ficar condenando/ Seja acolhida, seja a comunhão/ Vá em busca do irmão que se perde/ Traga para a festa, da libertação/ A casa do Pai é a casa dos filhos/ É a casa do amor e da união/ Festa da vida, da Paz e da Ressurreição.

Gaspar Moreira 06.04.25









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