terça-feira, 17 de setembro de 2024

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                                      LEITURA PARA 22.09.2024                                                                                                                        TEMA: ENTRE A SABEDORIA DO MUNDO E A SABEDORIA DE DEUS

Somos chamados a fazer  escolha entre sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus. A sabedoria do mundo, permite à pessoa ir acumulando poderes, que concede a sensação de felicidade. Uma felicidade que nunca preenche a pessoa da paz verdadeira, pois está sempre falando algo. A sabedoria de Deus, que procede de Deus nos faz servos, nos faz irmãos, nos povo em comunhão e nos leva sempre a partilhar e a vivencia a misericórdia.

1ª LEITURA – SABEDORIA 2,12.17-20

Disseram os ímpios: Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões à lei e repreende-nos as faltas de educação. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo. Irmãos e irmãs, nesta leitura, fica muito claro, como o poder do mal planeja a morte e destruição daqueles que não aceitam as práticas erradas. Aqueles que não aceitam seguir o Evangelho, se tornam servos do poder que gera a morte. O justo é visto como empecilho para as suas maquinações e por isso vão planejando a destruição. Foi assim que planejaram a destruição de João Batista, de Jesus, do Padre Jesuíno, da Ir Dorothy e de tantos lavradores. Ser fiel e assumir a cruz, se torna um perigo. Mas ficar do lado errado, o perigo e do afastamento e de cair na condenação eterna.

2ª LEITURA – TIAGO 3,16-4,3

Onde há inveja e rivalidade, desordem e toda a espécie de más ações. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. Irmãos e irmãs, vivemos tempos difíceis, onde predomina a intolerância, onde predomina o ódio, onde predomina a ganância, onde predomina a violência, onde predomina as ideologias que controlam governos e economias, da qual provem as guerras. A nossa missão, é ser presença de Deus que tira as pessoas  das situações de abandono e de morte e implantar o Reino de Justiça e de paz.

EVANGELHO – MARCOS 9,30-37

Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia, mas Ele não queria que ninguém o soubesse, porque estava a ensinar os discípulos, dizendo-lhes: O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens e eles vão matá-lo, mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará. Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de perguntar. Quando chegaram em Cafarnaum, Jesus perguntou-lhes: Que discutíeis no caminho? Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Jesus sentou-se, chamou os Doze e disse-lhes: Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos. E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: Quem receber uma destas crianças em meu nome é a mim que recebe; e quem me receber não recebe a mim, mas Àquele que e enviou. Irmãos e irmãs, Deus nos concede o caminho do dom da vida e do amor. Este caminho, nos apresenta a cruz. Mas os discípulos, esperavam um Messias guerreiro, um Messias imperador, um Messias que recuperasse o território das doze tribos de Israel. Os discípulos que caminhava com Jesus, não conseguiam compreender que a missão passa pela cruz. Como entender que Jesus deveria ser entregue nas mãos dos perseguidores para ser morto? A humanidade prefere as honrarias, privilégios e poder. Mesmo em nossas comunidades, muitos preferem até se afastar da caminhada, quando a proposta é vantajosa e traz comodidade financeira. Mas Jesus, mais uma vez revela, que a missão da construção do Reino de Deus, não busca o domínio do poder, não busca benefícios próprios e não busca competir com aqueles que governam em busca de crescimento ilícito. Jesus revela que o poder de Deus é para que todos tenham vida, é para que todos tenham o direito e a justiça e é para que todos sejam acolhidos e possam participar do banquete do Pai. Nossa missão, é de trabalhar para que, sejam vencidos os bolsões de miséria, que geram a fome e todos as formas de doenças. Nossa missão, é de trabalhar, para que as várias formas de exclusão social, política, econômica e religiosa deixem de existir e as pessoas deixem de ser dominadas e destruídas. Nossa missão, é de ser servos da graça, do amor e do poder de Deus. Nossa missão, é de trabalhar para que a comunidade, seja um lugar de convívio, um lugar de acolhida, um lugar de comunhão. Nossa missão é de acolher com dignidade as pessoas vítimas de doenças e os que são condenados pela moral cheia de hipocrisia. Nossa missão é de acolher os refugiados, os sem abrigo, os que a vida vai ferindo sem qualquer piedade possível. Que Deus nos abençõe nesta Santa Missão evangelizadora.

Gaspar Moreira 22.09.2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POESIA - 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B - DA ESCURIDÃO, PARA A LUZ QUE NÃO SE APAGA

POESIA - 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B DA ESCURIDÃO, PARA A LUZ QUE NÃO SE APAGA Nosso Deus nos faz um chamado/ Sairmos da força e ...