quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O SOL, DEUS e o HOMEM


O SOL, DEUS  e o HOMEM

Sol, mas que sol?
O sol nasce tímido
Talvez ameaçado pela chuva
Quem sabe intimidado pelo homem
O sol se torna forte, vigoroso
Chega a mais de 40 graus
Pode ser pelas ações dos homens
Que agridem o tempo em todas as formas
A chuva vem com forças sobrenaturais
Muitos reclamam de Deus
Ninguém reclama do homem
Que continua agindo
Florestas são destruídas
Dando lugar a soja, milho e cana
Pastagens por milhares de quilômetros
Patas de bois destruindo o solo
Nascentes são soterradas
Na grande ação do homem
Guiado pela ganância
Todos reclamam de Deus
Pela fome vivenciada
Na miséria mora nas ruas
Aumentando as regiões de secas
Tsunamis e furacões
O calor se faz infernal
Quanta fome                                                                                                                                                Alimentada nas misérias
Em doenças multiplicadas
Violências institucionalizadas
Salário, sinônimo de morte
A renda é centralizada
A fome é planejada
Sustenta os senhores no poder
Míopes, cegos, indiferentes                                                                                                                          Fazem da justiça artigo de luxo
Para os que a podem comprar
Juízes são instrumentos
Onde a vida é negada
Deus já foi aposentado
Deus já foi destronado
Pela construção da ganância
Pela concentração do poder
Do homem divinizado
Transformado em senhor da morte.
A vida perde seu lugar.

Mas o sol
Se não atrapalhar seus planos
A eles pouco importa.
                                                                                                         
Gaspar Moreira 03 de janeiro de 2019
 

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