segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

02º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

02º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C                                                                                                LEITURA PARA 19.01.2025                                                                                                                            TEMA: FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER

Na festa de casamento, muitas família se encontram para celebrar, para viver a alegria e o encanto, proporcionado pela descoberta e pelo poder gerado pela força do amor. Jesus estava presente e também, Maria sua mãe. Estava faltando o vinho, o que era um grande vexame ao jovem casal e para toda a família. Ao certo, aquela família, tinha certas dificuldades financeiras, pois não tinha conseguido comprar vinho suficiente. Maria, com sua sensibilidade de mãe e mulher, percebendo a situação, ordena ao servos que façam tudo que Jesus lhes ordenar. Jesus tenta retrucar, mas obedece a sua mãe e multiplica o vinho.

1ª LEITURA – ISAÍAS 62,1-5

Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não terei repouso, enquanto a sua justiça não despontar como a aurora e a sua salvação não resplandecer como facho ardente. Os povos hão de ver a tua justiça e todos os reis a tua glória. Tal como o jovem desposa uma virgem, o teu Construtor te desposará e como a esposa é a alegria do marido, tu serás a alegria do teu Deus. Irmãos e irmãs, Jerusalém a grande cidade destruída e abandonada, será abraçada por Deus, será reerguida e será desposada. A nossa missão é de abraçar as comunidades como um casamento, para ajudar a vencer as dores e as dificuldades, a superar o abandono, a miséria, a fome. Precisamos ser revelação da acolhida, do perdão e da comunhão, que vence o egoísmo e a negação dos Planos de amor. Não podemos nos tornar servos, de poderes que nos afastem Deus e que queiram tirar os Dons de Deus de nossas vidas.

2ª LEITURA – 1 CORÍNTIOS 12,4-11

Irmãos: Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A um o Espírito dá a mensagem da sabedoria, a outro da ciência. O mesmo Espírito dá a um o dom da fé, a outro o poder de cura, a outro de fazer milagres, a outro do anúncio, a outro o discernimento dos espíritos, a outro o de falar diversas línguas, a outro o dom de as interpretar. Mas é um só mesmo Espírito que dá os dons a cada um conforme lhe agrada. Irmãos e irmãs, a realização da promessa, é para todos os nações, raças e línguas. A promessa de salvação, não poder ser trancada pela interpretação de um Sumo Sacerdote, de um pastor ou de um padre. A promessa de salvação, não é propriedade de uma paróquia ou de uma denominação religiosa. A promessa de salvação, não deixa ninguém fora do chamado de Deus. O Espírito de Deus, derrama os Dons, sobre todos os filhos e filhas de Deus. Ao receber os Dons de Deus, nos tornamos revelação da graça, da misericórdia e do resgate de todos os que foram despejados da vida de fé. O Senhor, quer todos de volta à casa do Pai.

EVANGELHO – JOÃO 2,1-11

Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe, disse ao filho Jesus: Eles não têm mais vinho. Jesus respondeu-lhe: Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora. Maria disse aos servos: Fazei tudo o que Ele vos disser. Irmãos e irmãs, estamos em uma festa de casamento. Muitos foram convidados e Jesus, os discípulos e a mãe de Jesus, também estavam lá. De repente, Maria descobre que estão em agonia profunda, pois acabou o vinho. As Bodas de Caná sem vinho, é a nossa vida vazia do amor e do poder de Deus. O vinho é símbolo  da vida nova que Jesus veio trazer pela vivência da justiça, da fraternidade, do amor e da paz. O vinho simboliza a festa de entre nós, a festa da implantação do direito da justiça e da paz. O vinho simboliza, que Deus escutou os clamores de seu povo, que Deus viu, ouviu e resolver descer a sua graça, o seu poder e a sua misericórdia entre nós. A falta de vinho, revela a chegada do projeto de Deus, que em Jesus, vem trazer o amor e a paz, a justiça e a fraternidade. As Bodas de Caná sem o vinho, nos traz a situação do povo, que estava desiludido, abandonado e que sofriam várias formas de exploração. Quando falta o vinho da participação e da comunhão, quando falta o vinho da acolhida e da convivência, quando falta o vinho da justiça e da paz, a comunidade passa por várias formas de sofrimento. Sem o vinho, a festa seria um fracasso e uma grande desonra para a família. Maria percebeu a situação de dor, de vergonha e de desonra a que a família seria exposta. Precisamos na missão ter o olhar de Maria, para ajudar as famílias saírem destas situações de negação e de rejeição. Precisamos ter a preocupação e zelo pelo caminhar de nossas comunidades. Mas Maria, não fica na constatação. Maria nos ensina que precisamos ir além da constatação. Ele vai até Jesus e diz: eles não tem mais vinho. Jesus diz: que tenho eu a ver com isso. Muitos cristãos descobrem o problema, mas recuam e não são capazes de agir. Não tenho nada a ver com isso. Não é problema meu. Que se virem. Maria nos ensina a dar mais um passo e diz aos servos: fazei tudo o que Ele vos disser. Precisamos assumir a condição de servos e fazer tudo o que o Senhor nos ordenar. Precisamos ser servos que realiza os mandamentos. Precisamos ser servos, que abraça os Dons dados por Deus, para resgatar a vida e a dignidade das comunidades, para resgatar a vida e a dignidade das famílias e para resgatar a vida e a dignidade todos que foram rejeitados pelo poder de negação dos que rejeitaram a lei de Deus. Para que Jesus agisse, aconteceu a descoberta de Maria. Ela não cruzou os braços. Ela orientou os servos a fazer a vontade de Deus. Eles se colocaram prontos a servir e fizeram o que o Senhor ordenou. Para um milagre acontecer, precisa da nossa participação, do nosso envolvimento, do nosso sim. Eis nossa missão.

Gaspar Moreira 17.01.2025

 

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