34.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B LEITURA PARA 24.11.2024 TEMA: SOLENIDADE DE CRISTO, REI DO UNIVERSO
Celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e
Senhor do Universo. Estamos fechando e estamos coroando o ano litúrgico de 2024
e no próximo domingo(01/12), estaremos iniciando, o novo ano litúrgico de 2025,
Ano A. No decorrer de 2025, teremos durante todo o ano litúrgico, o Evangelho
de Mateus. O Evangelho de João, é único a ser utilizado nos anos A, B e C nas
festas e solenidades. Na liturgia deste Domingo, nos é revelado que Deus, vem
para enxugar todas as lágrimas, porque ele é o Alfa e o Ómega, o Princípio e o
fim de todas as coisas.
1ª LEITURA – DANIEL
7,13-14
Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as
nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-se para o
Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. Foi-lhe entregue o poder, a
honra e a realeza e todos os povos e nações o serviram. O seu poder é eterno,
não passará jamais e o seu reino não será destruído. Irmãos e irmãs, Deus
anuncia que vai intervir no mundo, para eliminar a crueldade, a violência e a
opressão dos reinos humanos. Em Jesus Cristo, o filho do homem que virá sobre
as nuvens. Ele vem para devolver a toda a humanidade, a certeza de que Deus é o
Senhor da história e vem nos orientar e guiar nos caminhos da paz. A nossa
missão, é a missão de Jesus, de ir ao encontro, dos que foram afastados e
marginalizados pelos poderes político e religiosos. A nossa missão, é de
revelar, que a conversão, é uma condição de vida, para abraçarmos o chamado. A
nossa missão, é de nos fazermos presença de Deus que não se acomoda e nem se
cala, diante das situações de exploração e de morte. Somos chamados a ser
revelação, do Deus que da a vida e vida em abundância.
2ª LEITURA –
APOCALIPSE 1,5-8
Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogénito dos
mortos, o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama e que pelo seu sangue
nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai. A
Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos, amém. Eis que ele vem entre
as nuvens, e todos os olhos o verão, mesmo aqueles que o trespassaram. Por sua
causa, hão de lamentar-se todas as tribos da terra. Sim, amém. Eu sou o Alfa e
o Ómega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Senhor do
Universo. Irmãos e irmãs, no
livro das revelações, o Apocalipse, Jesus nos é apresentado como o Senhor do
Tempo e da História. Ele é o princípio e o fim de todas as coisas. Ele é aquele
que há de vir cheio de poder, de glória e de majestade. A nossa missão, diante
da revelação, é de assumir o protagonismo do Reino de Deus, ou seja, somos
enviados a anunciar e a revelar que Jesus é o Senhor da história, e que nos
confiou a missão de evangelizar, de anunciar e de implantar o direito, a
justiça e a paz. Somos sacramento do amor e da misericórdia, da acolhida e da
partilha. Somos sacramento da unidade e do resgate dos filhos que estavam
dispersos. Somos sacramento, de uma igreja sempre em saída pelos caminhos da
Galileia das nações, para trazer das encruzilhadas da vida, os convivas para o
banquete eterno.
EVANGELHO – JOÃO
18,33B-37
Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: tu és o Rei
dos judeus? Jesus respondeu-lhe: É por ti que o dizes, ou foram outros que te disseram
de Mim? Disse-lhe Pilatos: Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos
sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste? Jesus respondeu: O meu reino
não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para
que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui. Disse-Lhe
Pilatos: Então, tu és Rei? Jesus respondeu-lhe: É como dizes: sou Rei. Para
isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que
é da verdade escuta a minha voz. Irmãos
e irmãs, diante do interrogatório, Jesus revela a Pilatos: é como
dizes, sou Rei e para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da
verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz. Jesus revela bem
mais: os reis deste mundo apoiam-se na força das armas e impõem aos outros
homens o seu domínio e a sua autoridade. A realeza de Jesus, recusa a forma de
governo dos reinos que Pilatos e que a humanidade conhece ao dizer: vosso poder
baseia-se no poderio, no autoritarismo, na prepotência, e gera opressão,
injustiça e sofrimento. Jesus revela bem mais: que todos os que assumirem o
profetismo, serão transformados em
prisioneiro indefeso, abandonado pelos amigos, ridicularizado pelos líderes
judaicos, desprezado pelo povo. O servo de Deus não procura tomar posse de
poderes humanos, mas se colocam a serviço de todos, especialmente aqueles que
foram abandonados e deixados à margem da vida social, econômica e religiosa. Se
colocam a serviço dos que dos pobres, dos humildes, dos famintos e
constantemente possuídos pelos demônios da exclusão da vida em todos os
sentidos. No Reino de Deus, somos todos chamados a uma profunda conversão, onde
o egoísmo e a mentira, o pecado e a opressão, a exclusão e a injustiça, a
escravidão e a morte, não encontra acolhida. O que deve impulsionar o profeta
e o missionário, deve ser sempre as forças do amor, da acolhida, da
misericórdia, da justiça e a busca da vida plena, no serviço e do resgate de
todos os irmãos e irmãs, que tem a vida negada. Quem escuta o chamado de Deus,
é pretende viver de acordo com os Mandamentos na construção do Reino de Deus,
precisa aprender a escutar a realidade da vida daqueles que sofrem violências.
Precisa aprender a escutar os clamores dos que foram sendo rejeitados e jogados
nas sargetas da vida. Precisa aprender a a escutar as dores de todos aqueles
que sofrem todas as formas de violência, de exploração e de imposição das
formas de escravidão. Não somos chamados a ser senhores de servos, mas somos
chamados a sermos servos do Senhor. Só poderemos ser servos do Senhor, à medida
que nos tornamos servos e servas de nossos irmãos e irmãs. O Reino de Deus, não
é serviços aos reinos deste mundo. Gaspar
Moreira 24.11.2024
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