sábado, 24 de agosto de 2024

22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

22.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B                                                                                    LEITURA PARA 01.09.2024                                                                                                                    TEMA: A LEI DE DEUS, SÃO CAMINHOS DE VIDA

Somos chamados a escutar e acolher as orientações amorosas que Deus nos dá, pelos caminhos da vida. Somos chamados a centrar a nossa vida, a nossa missão e os nossos caminhos, na Lei do Senhor. Na Lei de Deus encontramos as orientações amorosas que Deus vai nos revelando frente aos desafios que vão surgindo ao longo de nossa missão. Que não sejamos dominados pelo desprezo à Lei de Deus e nem sejamos dominados pela adulteração da vontade do Senhor.

1ª LEITURA – DEUTERONÓMIO 4,1-2.6-8

Moisés falou ao povo: Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer, ponde-os em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor Deus de vossos pais. Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vos prescrevo. Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos. Irmãos e irmãs, há um só Deus, que amou e elegeu Israel e fez com Ele uma Aliança eterna. Deus vos tornou o seu povo e deveis viver para o serviço de Deus. Não ocupem o vosso coração, no serviço a nenhum outro, pois somente a Deus, deveis amar e servir. Lembrem-se Deus caminhou à vossa frente quando estavam perdidos numa terra estrangeira e mergulhado numa cultura estranha. Deus vos tirou das garras da escravidão e por quarenta anos esteve à vossa frente e vos ensinou no deserto. Ali vos deu as tábuas da Lei e vos fez entrar na terra prometida. Sejam fiéis e não se deixem dominar pela negação dos preceitos do Senhor.

2ª LEITURA – TIAGO 1, 17-18, 21-22, 27

Toda o poder vem do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Ele nos gerou pela palavra da verdade, como primícias das suas criaturas. Acolhei docilmente a palavra. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes e visitem os órfãos e as viúvas em suas tribulações. Irmãos e irmãs, esta carta, foi enviada para as doze tribos que viviam longe de Jerusalém. Esta carta, é uma exortação, para que não se desviem do caminho. Não percam os valores da fé, que foram herdados do judaísmo e dos ensinamentos de Cristo. Sede firmes nas provações. Escutem e vivenciem a Palavra. Vivam no amor, acolhida e na partilha. Vivam no amor reconciliação e na caridade.

EVANGELHO – MARCOS 7,1-8, 14-15, 21-23

Um grupo de fariseus e alguns escribas, viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. Eles perguntaram a Jesus: Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos? Jesus respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Vós deixais de lado o mandamento, para vos prenderdes à tradição dos homens. O que sai do homem é que o torna impuro. Porque do interior dos homens é que saem os maus pensamentos, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios saem lá de dentro e tornam o homem impuro. Irmãos e irmãs, os fariseus e escribas, estavam muito preocupados com as regras, para dirigir e controlar os passos da vida dos israelitas. Eles eram os vigias da lei e das tradições dos antigos. No tempo de Jesus, estas regras, sentenças e tradições, chegava ao número de 613 leis que deviam ser cumpridas. Hoje também, não é muito diferente, pois muitos padres e pastores, vão ressuscitando muitas regras antigas e vão criando novas regras, que ao não serem cumpridas, o fiel é afastado da vida e do convívio religioso e passa a ser visto pela comunidade como pecador e como um infiel. Falta muito o poder da misericórdia, falta muito o poder da acolhida e do perdão. A Igreja tem a missão de trazer para o convívio religioso, para o convívio da vida de fé, para o convívio comunitário e familiar, a todas as ovelhas da casa do pai. É preciso trabalhar uma pastoral que traga todos de volta à casa do Pai e não uma pastoral da exclusão e da condenação. Quantos casos de pessoas que buscam na igreja a misericórdia divina e encontram a negação. É preciso a observância da Lei, mas da Lei que liberta. Se a Lei serve para condenar, ela deixa de ser instrumento de salvação. Jesus deixa muito claro ao fariseus; não é as espigas que os discípulos comeram, que servirá de condenação. São as vossas palavras de condenação e desprovidas de misericórdia, que condenam. É o que sai do homem, em pensamentos, em palavras, em gestos e atitudes, que servem de condenação. Precisamos nos tornar lugar de salvação, lugar de acolhida, lugar de perdão. Precisamos nos tornar lugar da revelação do Espírito Santo de Deus.

Gaspar Moreira 01.09.2024

 

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