terça-feira, 16 de julho de 2024

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                                    LEITURA PARA 21.07.2024                                                                                                           TEMA: DEUS QUER UMA IGREJA MÃE ACOHEDORA

Diante da multidão perdida, sem rumo e sem pastor, Jesus revela amor, acolhida e compaixão e ensina aos apóstolos, que a missão do evangelizador, é da dar a vida pelas ovelhas que foram abandonados pelos sacerdotes de Israel. Muitos representantes da fé, preferem ficar do lado do poder e abandonam o seu povo.  

1ª LEITURA – JEREMIAS 23,1-6

Diz o Senhor: Ai dos pastores que perdem e dispersam as ovelhas do meu rebanho! Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: Dispersastes as minhas ovelhas e as escorraçastes, sem terdes cuidado delas. Vou ocupar-me de vós e castigar-vos, pedir-vos contas das vossas más ações. Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas de todas as terras onde se dispersaram e as farei voltar às suas pastagens, para que cresçam e se multipliquem. Irmãos e irmãs, Deu fez a promessa de nos dar pastores justos e honestos.  Ele nos enviará um pastor que governará com sabedoria, que implantará no país o direito e a justiça. Salvará seu povo e Israel viverá em segurança. O seu nome será a nossa justiça.

2ª LEITURA – EFÉSIOS 2,13-18

Foi em Cristo Jesus que vós, outrora longe de Deus, vos aproximastes dele, graças ao sangue de Cristo. Cristo é, de fato, a nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo e derrubou o muro da inimizade que os separava,
anulando, pela imolação do seu corpo, a Lei de Moisés com as suas prescrições e decretos. Pela cruz reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só Corpo, levando em si próprio a morte á inimizade. Cristo veio anunciar a boa nova da paz, paz para vós, que estáveis longe, e paz para aqueles que estavam perto. Por ele, podemos nos aproximar do Pai, num só Espírito. Irmãos e irmãs, em Deus, não existe separação e inimizade. Em Deus não existe a discriminação de espécie alguma. Deus é comunhão e partilha. Deus é o direito e a justiça. Deus é um só e Pai de toda a humanidade. Em Deus, somos chamados a sermos um. Se Deus rompeu as barreiras das inimizades e das divisões, porque tantos padres e pastores, continuam a trabalhar a segregação? Porque igrejas trabalham tanto o ódio político e esquecem da misericórdia, do perdão e da acolhida? Cuidado com os falsos pastores. São lobos que destroem o rebanho.

EVANGELHO – MARCOS 6,30-34

Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco. De fato, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se de toda aquela gente, que eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas. Irmãos e irmãs, a vida do missionário e missionária, é de ajudar a concretizar a missão de levar a Boa Notícia, ajudar a concretizar a realização da verdade, da justiça e da paz. Ajudar e realizar a acolhida, a participação nos mistérios do amor e do poder de Deus. Ajudar na concretização da participação no banquete de comunhão com o Pai. Para que este projeto de amor e salvação possa acontecer, precisamos estar em estreita comunhão com Jesus. São muitos os desafios a serem enfrentados, por aqueles que abraçam a missão. A humanidade tem o rosto cada vez mais desfigurado, pelo monstro da economia global, que devora a vida e as forças dos que trabalham, gerando riquezas imensas por um lado e de outro, vai gerando misérias profundas na imensa maioria da população. A humanidade tem o rosto desfigurado por modelos de igreja, que vão se afastando da vida do Evangelho e passam a alimentar alianças políticas, que a exemplo tempo dos sumos sacerdotes, vão afastando as pessoas da vida da igreja, classificando-as em pecadoras e afastando-as do convívio na comunidade de fé. A humanidade tem o rosto desfigurado, por aqueles que gerem as políticas publicas de saúde, educação e alimentar. Geram políticas de dependência, onde a pessoa perde a capacidade de trabalhar pela construção da própria liberdade e se tornam massa de manobra, que são usadas a cada quatro anos, para manterem a situação de dependência e de mendicância. A humanidade tem o rosto desfigurado, por muitos que se tornam aves de rapina, e utilizam do comércio dos vários tipos de conteúdos que tornam a pessoa plenamente dependentes, sejam no mundo das drogas ou mesmo dos controles das mentes e da vida pela internet. Ainda hoje, homens e mulheres caminham como ovelhas sem pastor. Aqui está a nossa missão: trabalhar em todas as realidades, para que haja um só pastor e um só rebanho. Precisamos trabalhar a unidade, trabalhar a comunhão, trabalhar a misericórdia, trabalhar para que a igreja seja a casa comum, onde todas sintam acolhidos, amados e valorizados. Onde todas sintam que fazem parte da mesa do Pai.

Gaspar Moreira 21.07.2024

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