domingo, 23 de junho de 2024

13.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

13.º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                                    LEITURA  30.06.2024                                                                                                                                  TEMA: LEVANTA, ANDA E PÕE-TE A SERVIR

Somos todos convidados a ver além da nossa condição de criaturas e a partir em busca da vida eterna, para retornarmos assim, ao seio de nosso criador. Não somos criaturas finitas, mas somos filhos e herdeiros da eternidade. O nosso corpo ganha vida com o sopro de Deus e assim, somos vida de Deus, somos frutos do Espírito de Deus. O hálito de Deus, é que nos dá vida.

1ª LEITURA – SABEDORIA 1, 13-15; 2,23-24

Não foi Deus quem fez a morte, nem se alegra com a perdição dos vivos. Pela criação, deu o ser a todas as coisas, e o que nasce no mundo destina-se ao bem. Em nada existe o veneno que mata, nem o poder da morte reina sobre a terra, porque a justiça é imortal. Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza. Foi pela inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e experimentam-na aqueles que lhe pertencem. Irmãos e irmãs, o autor sagrado, está preocupado com as influências e com o poder que a cultura grega exerce sobre todo o povo e busca esclarecer e orientar a todos que existe uma força maior, o poder que o Deus de Israel tem sobre toda a criação e como Ele é um Deus vivo e presente na caminha de seu povo. Ele é o Deus da vida. A morte é fruto da inveja, da cobiça e da ambição. A morte, é fruto  negação do poder e do amor de Deus. A morte, é fruto da negação em servir.

2ª LEITURA – 2ª Coríntios 8, 7.9.13-15

Irmãos: Já que sobressaís em tudo – na fé, na eloquência, na ciência, em toda a espécie de atenções e na caridade que vos ensinamos – deveis também sobressair nesta obra de generosidade. Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza. Não se trata de vos sobrecarregar para aliviar os outros, mas sim de procurar a igualdade. Irmãos e irmãs, somos chamados abraçar a vida na força do amor, que é gerador de vida, de acolhida e de misericórdia. A Judeia entre os anos 48-50, no governo do Imperador Claudio, passavam por um período muito crítico de miséria e fome, e as comunidades animadas por Paulo, fazem a campanha de doação para socorrer os irmãos e para, gerar entre as comunidades a vivência da partilha e da comunhão. Eis a nossa missão: estar atentos e socorrer os irmãos nas dores e  dificuldades.                                                                                                                                                                                                                          EVANGELHO – Marcos 5, 21-43

Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se grande multidão à sua volta, e Ele deteve-Se à beira-mar. Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seus pés e suplicou-lhe com insistência: A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva. Jesus foi com ele, seguido por grande multidão. Uma mulher com fluxo de sangue havia doze anos, que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, tendo ouvido falar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-lhe no manto. No mesmo instante estancou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença. Jesus então perguntou: Quem tocou nas minhas vestes? A mulher, assustada e a tremer, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-he a verdade. Jesus disse: Minha filha, a tua fé te salvou. Ainda falava, quando disseram ao chefe da sinagoga: A tua filha morreu. Porque importunar o Mestre? Mas Jesus disse ao chefe da sinagoga: Não temas e tenhas fé. Chegando na casa, Jesus disse: Ao entrar, perguntou-lhes: Porquê tantas lamentações? A menina não morreu, apenas está a dormir. Riram-se dele. Entrou no local onde jazia a menina, pegou-lhe na mão e disse: Talitha Kum, que significa: Menina, Eu te ordeno: levanta-te. Irmãos e irmãs, ao curar uma mulher que a doze anos sofria, Jesus nos revela que na simbologia da mulher, veio para curar, para libertar e para dar vida nova às Doze Tribos de Israel. Significa também a libertação de todos aqueles que crêem e que buscam no Senhor, se libertar das garras do Imperador e dos que faziam da religião, um lugar de recusa da vida dos que sofriam de doenças, sofriam de fome e sofriam o abandono de seus pastores. Na Ressurreição da filha de Jairo, Jesus nos revela, que a graça de Deus não pode ser limitada por barreiras de puros e impuros, de publicanos e pecadores. Jairo, era visto como parte do grupo que faziam resistência a Jesus. Jesus nos revela ainda que a nossa missão, é de lutar sempre contra as forças que geram a morte. Ao dizer que a menina não estava morta, riram de Jesus. Mas Jesus, revela que a morte não tem poder, que a morte não tem vitória. A morte não teria a última palavra.  A hemorragia de doze anos, foi vencida por apenas um toque, nas vestes do Senhor. A menina não morreu; está a dormir. A última palavra será sempre de Jesus. A palavra de Jesus é uma palavra de salvação e de Vida. A fé em Jesus, nos ajuda a vencer a própria morte. Tua fé te salvou. Mas a fé da mulher, faz ela caminhar. Durante doze anos, ela buscou a cura. Ao ver Jesus, ela caminha em busca da libertação. Não é uma fé acomodada. É uma fé que não se entrega. A fé de Jairo, faz ele caminhar em busca de Jesus. Faz ele pedir a intervenção do Senhor, Faz ele prostar-se aos pés do Senhor em atitude de súplica. A nossa fé, precisa ser uma fé em continua ação e em contínua busca. Na história destas duas mulheres, aprendemos que é preciso abrir as nossas casas e as nossas vidas, para que Jesus entre e toque nossas dores, entre e nos conceda a cura, entre e nos ajude a vencer a morte. A nossa missão, é de trabalhar para que todos tenham vida. Não podemos desistir do caminho, diante de críticas ou de desprezo pela ação do Missionário e missionária. Na cura das duas mulheres, que foram condenadas sem assistência, são milhares de hemorragias, que sangra na vida de muitas mulheres e desestabilizam famílias. São tantas as garras da morte, que ficam a ameaçar a vida do povo. Neste contexto, Jesus vem e revela, que nada pode vencer a vida de um povo que serve e que ficam firmes na fé. Quantas filhas jogadas na morte da violência do estupro. Quantas morrem nas filas dos Cais e dos INSS da vida. Quantas mulheres são empurradas para o vício, pelos senhores da morte, que em sua ganância, geram milhões de lucro. Aqui Jesus vem nos ensinar, que a verdadeira fé nos levanta, nos faz servos, da Vida e da Comunhão em família e em comunidades de vida, de fé e de luta.                                                                                                                                                                                   Gaspar Moreira 30.06.2024

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