segunda-feira, 17 de junho de 2024

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                                    LEITURA PARA:  23.06.2024                                                                                                            TEMA: JESUS ACALMA O MAR

Em nossa caminhada, precisamos muitas vezes, enfrentar o mar revolto. Muitas vezes, a tempestade se faz dentro de nossas casas, dentro de nossas comunidades, dentro de nosso espaço de trabalho. No Evangelho, Jesus nos lembra que precisamos acreditar, que Deus está conosco e age em nossa defesa. É preciso enfrentar com fé e com a certeza de que não estamos sós.

 1ª LEITURA – JO 38,1.8-11               

O Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade, dizendo: Quem encerrou o mar entre dois batentes, quando ele irrompeu do seio do abismo, quando eu o revesti de neblina e o envolvi com uma nuvem sombria, quando lhe fixei limites e lhe tranquei portas e ferrolhos? E disse-lhe: Chegarás até aqui e não irás mais além, aqui se quebrará a altivez das tuas vagas. Irmãos e irmãs, por meio de Jó Deus vem nos revelar, que nada escapa ao seu domínio. Jó era um pai de família e com muitas responsabilidades e mesmo sendo senhor de muitos bens, teve que descobrir na dor, que nada do que temos, nos garante uma vida segura e tranquila. Precisamos construir bem mais que bens. Precisamos construir laços de partilha e de comunhão. Precisamos criar laços de confiança na graça e no poder de Deus. Deus não se faz ausente de nossas vidas. Nós é que muitas vezes movidos pela ganância, renegamos Deus em tudo que somos e temos.

2ª LEITURA – 2 CORÍNTIOS 5,14-17

O amor de Cristo nos faz entender, que um só morreu para que todos tenham vida. Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles. Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram: tudo foi renovado. Irmãos e irmãs, somos chamados a olhar para o Cristo crucificado, que descendo à região dos mortos, redimiu a todos e veio nos trazer vida nova, nos revelando que a morte pode e deve ser vencida por cada um de nós, ao realizarmos as obras redentoras, a qual Deus nos chama a vivenciar e realizar. A missão dos filhos e filhas de Deus, é de fazer a vontade do Pai, ou seja, a nossa missão é de trabalhar para que todos tenham vida e que todos possam participar do banquete eterno. Viver a fé cristã, só é possível em comum união, ou seja, que estejamos em contínua comunhão com os irmãos na partilha, acolhida e no perdão. Só assim, estaremos em comunhão com Deus. Não existe comunhão de vida com Deus para a eternidade, sem comunhão como os irmãos.

EVANGELHO – Marcos 4,35-41

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: Passemos à outra margem do lago. Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles o acordaram e disseram: Mestre, não Te importas que pereçamos? Jesus levantou, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: Cala-te e fique quieto. O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé? Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem? Irmãos e irmãs, quem caminha com Deus, cumpre os mandamentos e segue a sua Palavra, não tem motivos para ter medo. Na barca de nossa vida, de nossa história e de nossa igreja, vamos enfrentar muitas tempestades. Os Sumos Sacerdotes, esqueceram das ovelhas da casa de Israel e fizeram alianças com o poder econômico e político e empurraram o povo para as periferias do ódio e da discriminação. As famílias que não tinham poderes econômicos, enfrentavam as tempestades provocadas pela ganância, pela discriminação, pela negação da condição de povo de Israel. Qualquer situação de doença, era vista como pecado e afastados da vida de fé. Qualquer deficiência física, era vista como possuídos pelo poder do mal e afastados da vida de fé. Em tudo, eram considerados impuros e indignos de entrar no Templo Santo de Jerusalém. Jesus entra na vida do povo, para nos ensinar a vencer as tempestades. A fome, matava muito mais que as tempestades em alto mar. Para vencer a tempestade da fome, Jesus ensina a multiplicar e a partilhar o pão. Para vencer a tempestade das doenças, Jesus ensina a trabalhar a cura com os dons de Deus e com união das pessoas a enfrentar e a vencer as causas geradoras de todos estes males. E Jesus levanta uma pergunta que precisa ser respondida individualmente por cada um de nós: Ainda não tendes fé? Muitos tem fé no poder político de uma pessoa. Muitos tem fé no poder econômico e tudo fazem acreditando em falsas promessas. A nossa fé, na caminhada de construção da vida salvação e da vida eterna, é um trabalho de todo dia. Jesus, em todas as decisões que ia tomar, se retirava para entrar em oração. E nós, rezamos para tomar as nossas decisões, ou nos deixamos lavar pelas tempestades? Como filhos e filhas de Deus, temos que ter muito claro nossa vocação: a serviço de que e de quem nós estamos. Ou nós só lembramos de Deus, nas horas das tempestades?

Gaspar Moreira 23.06.2024

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