quarta-feira, 29 de maio de 2024

09º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

09º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B                                                                                  LEITURA PARA 02.06.2024                                                                                                              TEMA: O FILHO DO HOMEM, É SENHOR DO SÁBADO

Somos convidados a refletir sobre a celebração do Dia do Senhor, sábado para os judeus e o dia de domingo para os cristãos. Nós precisamos fazer memória, da criação e de como no sétimo dia Deus descansou de sua obra. Precisamos também, fazer memória de como Deus agiu em Jesus Cristo para vencer as forças da destruição e da morte, ao Ressuscitar ao terceiro dia. Na Ressurreição, os Cristãos, passam a celebrar o dia da nova criação e de redenção da humanidade. O primeiro dia da semana, passa a ser celebrado como o dia do Senhor.

1ª LEITURA – DEUTERONÔMIO 5,12-15

Eis o que diz o Senhor: Guarda o dia de sábado, para o santificares, como te mandou o Senhor, teu Deus. Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas obras e descansarás no sétimo. Assim, o teu escravo e a tua escrava poderão descansar como tu. Lembra-te que foste escravo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te fez sair de lá com mão forte e braço estendido. Por isso, o Senhor, teu Deus, te mandou guardar o dia de sábado. Irmãos e irmãs, está leitura nos lembra a obra da criação e o descanso de Deus no sétimo dia, ao comtemplar as obras de sua mão. A leitura nos lembra ainda, que no deserto, ao libertar seu povo das garras do Faraó, Deus recria a humanidade e que é preciso celebrar, conforme a lei. Somos o povo de Deus e somos um povo que vive as grandes celebrações. Este dia de descanso, é também uma busca de garantia do direito do pobre, de ter um dia de descanso.

2º LEITURA – 2CORÍNTIOS 4,6-11

Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz em nossos corações, para que se conheça em todo o seu esplendor a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo. Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós. Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados. Andamos perplexos, mas não desesperados. Perseguidos, mas não abandonados e abatidos, mas não aniquilados. Irmãos e irmãs, as comunidades vivem muitas dificuldades e diante destas realidades, Paulo vem nos alertar que não somos filhos da opressão, que não somos filhos do desespero e que não precisamos temer, pois o nosso Deus, é aquele que não abandona seus filhos. O nosso Deus, é aquele que caminha com seu povo, pelas estradas da vida.

EVANGELHO – MARCOS 2,23–3,6

Num dia de sábado, Jesus ia com os seus discípulos, e enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Os fariseus, disseram: veja como eles fazem ao sábado o que não é permitido. Jesus disse: Nunca lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros, entraram na casa de Deus, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e os deu também aos companheiros. E acrescentou: O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Jesus entrou na sinagoga e viu um homem com uma das mãos atrofiada. Jesus perguntou aos fariseus: Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?. Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: Estende a mão. Ele estendeu a mão e ficou curada. Os fariseus, saíram dali e junto com os herodianos, buscavam um meio de acabar com Jesus. Irmão e irmãs, Jesus já tinha confrontado com os escribas a respeito do perdão dos pecados ao paralítico. Teve o confronto, por se colocar à mesa com os publicamos e pecadores. Teve o confronto com os discípulos de João Batista e os fariseus sobre as práticas do jejum. Agora o confronto, acontece sobre a questão do sábado. Jesus questiona a prática judaica do sábado, não por causa da lei do sábado, mas por fazer do dia do sábado, um dia de negação do amor e da caridade. No sábado não podia acontecer a partilha e a comunhão para solucionar o problema da fome. Você está com fome e não tem o que comer, espera passar o sábado. Se você morrer de fome, morreu cumprindo a lei. Mas Jesus, proclamou em alto e bom som: Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Não adianta cumprir a lei, se não houver a caridade. Não tem sentido uma lei, que não seja capaz de olhar e de solucionar o problema da fome dos irmãos. Em primeiro lugar a caridade, o estender a mão ao necessitado, o partilhar dos dons e bens que Deus nos proprociona. Neste mesmo Evangelho, Jesus confronta a questão das limitações que uma pessoa pode ser acometida. Neste caso, o homem da mão atrofiada, que busca em Jesus, que busca na igreja, pela vivência de sua fé, uma solução para suas limitações. A Igreja dos Sumos Sacerdotes, dos escribas e dos fariseus, rejeitam olhar para as pessoas que possuem alguma limitação. No lugar da misericórdia para com os irmãos, colocaram a condenação, ao dizerem que estas pessoas estão assim por serem pecadoras. É um modelo de igreja que não tem a cura do perdão. É uma igreja que se esvaziou de misericórdia. É uma igreja que rejeita seus filhos na necessidade e nas adversidades da vida. Jesus olha com tristeza para este modelo de igreja e manda o homem estender a mão, lhe concedendo a cura. Muitos hoje na igreja, agem como a igreja daquele tempo. Falta amor, falta acolhida, falta misericórdia, falta partilha. Precisamos nos tornar uma igreja cada vez mais missionária, que aceita a missão de Jesus: Ide evangelizar a todas as nações. Precisamos ir e levar o Evangelho, para as ovelhas que estão fora do aprisco e que são simplesmente taxadas de pecadoras. Precisamos nos tornar o lugar do amor, do perdão, da misericórdia e da comunhão.

Gaspar Moreira 02.06.2024

 

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