09º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B LEITURA PARA 02.06.2024 TEMA: O FILHO DO HOMEM, É SENHOR DO SÁBADO
Somos
convidados a refletir sobre a celebração do Dia do Senhor, sábado para os
judeus e o dia de domingo para os cristãos. Nós precisamos fazer memória, da
criação e de como no sétimo dia Deus descansou de sua obra. Precisamos também,
fazer memória de como Deus agiu em Jesus Cristo para vencer as forças da
destruição e da morte, ao Ressuscitar ao terceiro dia. Na Ressurreição, os
Cristãos, passam a celebrar o dia da nova criação e de redenção da humanidade.
O primeiro dia da semana, passa a ser celebrado como o dia do Senhor.
1ª
LEITURA – DEUTERONÔMIO 5,12-15
Eis
o que diz o Senhor: Guarda o dia de sábado, para o santificares, como te mandou
o Senhor, teu Deus. Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas
obras e descansarás no sétimo. Assim, o teu escravo e a tua escrava poderão
descansar como tu. Lembra-te que foste escravo na terra do Egito e que o
Senhor, teu Deus, te fez sair de lá com mão forte e braço estendido. Por isso,
o Senhor, teu Deus, te mandou guardar o dia de sábado. Irmãos e irmãs, está
leitura nos lembra a obra da criação e o descanso de Deus no sétimo dia, ao
comtemplar as obras de sua mão. A leitura nos lembra ainda, que no deserto, ao
libertar seu povo das garras do Faraó, Deus recria a humanidade e que é preciso
celebrar, conforme a lei. Somos o povo de Deus e somos um povo que vive as
grandes celebrações. Este dia de descanso, é também uma busca de garantia do
direito do pobre, de ter um dia de descanso.
2º
LEITURA – 2CORÍNTIOS 4,6-11
Deus,
que disse: Das trevas brilhará a luz em nossos corações, para que se conheça em
todo o seu esplendor a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo. Nós
trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério, para
que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós. Em tudo
somos oprimidos, mas não esmagados. Andamos perplexos, mas não desesperados.
Perseguidos, mas não abandonados e abatidos, mas não aniquilados. Irmãos e
irmãs, as comunidades vivem muitas dificuldades e diante destas realidades,
Paulo vem nos alertar que não somos filhos da opressão, que não somos filhos do
desespero e que não precisamos temer, pois o nosso Deus, é aquele que não
abandona seus filhos. O nosso Deus, é aquele que caminha com seu povo, pelas
estradas da vida.
EVANGELHO
– MARCOS 2,23–3,6
Num
dia de sábado, Jesus ia com os seus discípulos, e enquanto caminhavam,
começaram a apanhar espigas. Os fariseus, disseram: veja como eles fazem ao
sábado o que não é permitido. Jesus disse: Nunca lestes o que fez David, quando
ele e os seus companheiros, entraram na casa de Deus, e comeu dos pães da
proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e os deu também aos
companheiros. E acrescentou: O sábado foi feito para o homem e não o homem para
o sábado. Jesus entrou na sinagoga e viu um homem com uma das mãos atrofiada.
Jesus perguntou aos fariseus: Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal,
salvar a vida ou tirá-la?. Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com
indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: Estende
a mão. Ele estendeu a mão e ficou curada. Os fariseus, saíram dali e junto com
os herodianos, buscavam um meio de acabar com Jesus. Irmão e irmãs, Jesus já
tinha confrontado com os escribas a respeito do perdão dos pecados ao
paralítico. Teve o confronto, por se colocar à mesa com os publicamos e
pecadores. Teve o confronto com os discípulos de João Batista e os fariseus
sobre as práticas do jejum. Agora o confronto, acontece sobre a questão do
sábado. Jesus questiona a prática judaica do sábado, não por causa da lei do
sábado, mas por fazer do dia do sábado, um dia de negação do amor e da
caridade. No sábado não podia acontecer a partilha e a comunhão para solucionar
o problema da fome. Você está com fome e não tem o que comer, espera passar o
sábado. Se você morrer de fome, morreu cumprindo a lei. Mas Jesus, proclamou em
alto e bom som: Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Não
adianta cumprir a lei, se não houver a caridade. Não tem sentido uma lei, que
não seja capaz de olhar e de solucionar o problema da fome dos irmãos. Em
primeiro lugar a caridade, o estender a mão ao necessitado, o partilhar dos
dons e bens que Deus nos proprociona. Neste mesmo Evangelho, Jesus confronta a
questão das limitações que uma pessoa pode ser acometida. Neste caso, o homem
da mão atrofiada, que busca em Jesus, que busca na igreja, pela vivência de sua
fé, uma solução para suas limitações. A Igreja dos Sumos Sacerdotes, dos
escribas e dos fariseus, rejeitam olhar para as pessoas que possuem alguma limitação.
No lugar da misericórdia para com os irmãos, colocaram a condenação, ao dizerem
que estas pessoas estão assim por serem pecadoras. É um modelo de igreja que
não tem a cura do perdão. É uma igreja que se esvaziou de misericórdia. É uma
igreja que rejeita seus filhos na necessidade e nas adversidades da vida. Jesus
olha com tristeza para este modelo de igreja e manda o homem estender a mão,
lhe concedendo a cura. Muitos hoje na igreja, agem como a igreja daquele tempo.
Falta amor, falta acolhida, falta misericórdia, falta partilha. Precisamos nos
tornar uma igreja cada vez mais missionária, que aceita a missão de Jesus: Ide
evangelizar a todas as nações. Precisamos ir e levar o Evangelho, para as
ovelhas que estão fora do aprisco e que são simplesmente taxadas de pecadoras.
Precisamos nos tornar o lugar do amor, do perdão, da misericórdia e da
comunhão.
Gaspar
Moreira 02.06.2024
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