A
MISÉRIA
A
miséria não tem cor
Não
tem idade
Não
tem piedade
Não
é capaz de solidariedade
É
filha do orgulho, da ganância e da mesquinhez
A
miséria não pede licença para entrar
Não
pergunta se pode esperar
Não
marca a hora que vai chegar
Ela é cega por conveniência
Também é surda por opção
A
miséria deve ser irmã da morte
Mas
de uma morte cruel e traiçoeira
Que
vai destruindo aos poucos
A
vida de um caboclo
Destruindo
muitas famílias
A
miséria é filha da ganância
Prima
primeira da avareza
Apadrinhada de tantos políticos
Ela é serva
dos sistemas que gera morte
A face cruel do capital
A
miséria desconhece a vida de fé
Mas usa nome de Deus para enganar
A velha prática dos que se dizem religiosos
Que
usam a Bíblia para enganar os seus fieis
Mas o que querem, sugar a vida e as riquezas
A
miséria tem a sua sustentação
Na
idolatria religiosa utilizando o nome de Deus
E na
política nefasta ela posa de religiosa
Que
usa e compra o povo nas eleições
Perpetuando
a enganação, em míseras promessas
Quanto
mais uma pessoa tem
Mais
miserável vai se tornando
Para
manter a situação engana, rouba e mata
Desfaz, destrata como filha do Demo
Em uma prática econômica do cão.
Gaspar 10 de Agosto de 2020
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