OSSOS SECOS

Está reflexão eu publiquei no 5º Domingo da Quaresma de 2014 e segue plenamente atual. 

Ossos secos, realidade corrompida, tráfico humano, vidas negadas.
Os poderes de todos os tempos fecham os olhos para a vida do povo.
Jesus ao contrário, traz a vida e ajuda a dar motivos para se erguerem.
Precisamos sair dos túmulos, precisamos assumir o Espírito de Deus.
Um povo sem vida, vem de uma igreja sem vida.
Um povo sem vida, é sinal de uma igreja sem o Espírito Santo.
Um povo sem vida, revela uma igreja morta.
Não podemos ser igreja, sem abraçar a cruz.
Não podemos ser igreja, sem abertura ao outro.
A Igreja é sinal da comunhão e atualização da Páscoa.
A igreja é sinal e atualização da Partilha.
A igreja precisa ser presença de erguimento das pessoas.
O poder público já morreu e fede.
O poder público é um lixo disputado por ratos.
O poder público é representação da morte do povo.
O povo de Deus não tinha vida digna no Egito.
O povo de Deus não tinha vida digna na Babilônia.
O povo de Deus não tem vida digna no Brasil.
O governo de nosso país sabe das dores do povo.
Sabe das crescentes filas nos postos de saúde.
Sabe que a justiça é uma farsa para o pobre e contra o pobre.
Sabe que o tráfico de drogas e o tráfico humano age sem parar.
Sabe dos que enriquecem com esse comércio diabólico.
Não faz nada porque faz parte do esquema.
São financiados pelos senhores da morte.
São eleitos com dinheiro deles.
Jesus aparece na vida da igreja, como aquele que não fecha os olhos.
Como aquele que toma partido dos que são deixados à margem.
Como aquele que restitui a vida.
Lázaro ao ser chamado a sair do Túmulo, representa o povo pobre.
Lázaro representa em Jesus, a igreja que restitui a vida dos irmãos.
Representa esperança para as famílias que perderam tudo.
Representa que a última palavra não está em poder da morte.
A vida sempre triunfará, onde a igreja se tornar comunhão e vida.
Onde a Igreja se ergue e da a mão aos que não mais acreditam.
A igreja precisa se fazer presente onde a vida esteja sendo negada.